segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Flowers in my December

Uma vez, li um livro muito lindo, chamado "Rosas em dezembro", em que a autora falava sobre perdas super dramáticas (três filhos) e de como o Senhor a reergueu da profunda dor em que se encontrava. Ela detestava dezembro, porque era o aniversário de um de seus filhos, além de ser o inverno, e o seu coração doía bastante. Quando comentava isso com uma amiga, um dia, abriu um catálogo de pôsteres em um que, abaixo de uma rosa vermelha, dizia: "Deus lhe dá rosas, mesmo nos dias de dezembro", daí o nome do livro.
Hoje é o primeiro dia de dezembro, e é tão difícil para mim acreditar que já chegou. Ontem e hoje fiz provas da UEPB, amanhã tem mais, o CAE é quarta-feira que vem, a UFPB é daqui a três semanas. Seria inútil tentar descrever todos os variados sentimentos de que minha mente se enche agora, mas o que eu mais sinto, surpreendentemente para mim, é a sensação de alívio. Hoje eu só tenho certeza de que esse sentimento bom é a minha primeira flor de dezembro. Flores, porque rosas são melodramáticas e profundas demais. Não que eu não goste delas. Adoro as rosas, mas o que Deus tem me dado são leves e puras flores. Na verdade, talvez eu mesma me sinta como uma flor.

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"Se alguém ama uma flor da qual só existe um exemplar nas milhões e milhões de estrelas, isso é suficiente para que ele se sinta feliz quando as olhar. Ele se diz: 'minha flor está lá, em algum lugar'."
(Exupéry, no Pequeno Príncipe, TL)