quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Uhul!



10:11 da manhã, liga Adonildo gritando: "Aê, Helena é Federal!" Não acreditei muito, ainda estava dormindo. Quando parei e pensei, comecei a gritar, pular, orar, agradecer a Deus. Fui para o colégio, vi o pessoal, cabeças raspadas e band-aids representando a alegria. Que sensação boa! De repente, todo aquele estudo, todas aquelas saídas deixadas de lado, todas as orações, todo o desespero, todo o esforço, tudo fez sentido. E fez sentido de uma maneira explosiva. Felicidade excessiva, como dizia aquele cara de Patch Adams. Explodiu em pulo, em choro, em gargalhada, em grito, em oração. E eu, que sou só um grãozinho, tenho muito a agradecer. Que sensação indescritível! Até que os pontos da minha vida formaram um band-aid legal. Ou melhor, três! :D

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Papai do Céu, como foste bom! Muito obrigada por ter segurado minha mão e ter-me feito prosseguir, quando tudo estava escuro. O Senhor, além de fiel, é amoroso, e disso eu jamais me esquecerei.
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Ah, claro que eu tenho que dizer essa coisa de gente besta, né? "Ih, foi mal... A minha é FEDERAL!" Glória a Deus!

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

O pão da vida!

Hoje aconteceu algo muito raro, no salão de beleza. Estava eu ajeitando as minhas garrinhas quando uma senhora, que devia ter uns três neurônios, pela sua conversa prévia, disse que tinha muita pena dos famintos na África. Como eu já disse, sobre a sua aparente inteligência, ela devia ser como a Pallin, que pensava que a África era um país. Em todo caso, admirei-me muito. Uma pontinha de consciência em meio às discussões de marca de xampu é bastante rara. E eu concordei com ela. Também tenho muita pena daquelas criancinhas. Entretanto, há muitos famintos perto de nós também. Há muitos dos nossos amigos mais bem-nutridos que necessitam de comida para a alma. E, pior de tudo, existem muitos que morrem sem nunca ter experimentado nem um pedaço de pão.
Eu conheço uma fonte inesgotável, e muita gente conhece também. Eu queria poder dar deste pão para o mundo inteiro, mas tem gente que, mesmo faminto, recusa comida. Tem gente que pensa que o ego mata a fome, mas o ego é só como um chicletinho. O único carboidrato que sacia a fome de todo mundo é Jesus, o pão da vida. Pegue o quanto quiser, Ele já pagou a conta inteira com a própria vida, com o próprio amor.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

O lugar mais bonito do mundo

O lugar mais bonito do mundo é uma praia com os seus amigos ou uma montanha onde você possa fazer bolinhas de neve para jogar no seu irmão mais novo. É uma igreja onde você possa adorar a Deus ou um pedaço da Criação que o lembre dEle. É um museu com as suas obras de arte preferidas ou o céu, sem limites. É um lugar cheio de gente ou a solidão completa. É uma cafeteria ou uma sorveteria. É Paris ou Mumbai. É uma escolinha onde as crianças aprendem a ler ou uma cidadezinha do interior onde um menino trabalha para sustentar sua família. É um poço que mata a sede das pessoas ou um arranha-céu que tenta resolver os problemas do mundo. É a estátua da Liberdade ou o nosso farolzinho aqui, no Cabo Branco. É o nascer do sol na praia ou o pôr-do-sol do jacaré. É um quarto de hospital onde a mãe cuida do seu bebê ou uma cruz ocupada pelo próprio Deus.
O lugar mais bonito do mundo é o quarto de Itamarzinho, quando eu abro a porta e fico assistindo ao seu sono, e me lembro de quantas vezes já fiz isso.
O lugar mais bonito do mundo é a sala da minha casa, quando escuto, do corredor, as rodinhas da mala de painho chegando de viagem.
O lugar mais bonito do mundo é a mesa da minha sala, com a minha mãe estudando como se a vida nunca terminasse.
O lugar mais bonito do mundo é o lugar onde encontramos amor.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Eloqüente silêncio

O silêncio simula sensações, dá margem a histórias, interpretações. O silêncio retrata paz, tranqüilidade e, segundo Shakespeare, é um arauto da alegria. O silêncio é quieto e estridente, desmorona as paredes da alma, liberta a alma. Deus trabalha no silêncio, nos olhares. E é assim que tudo começa.
E eu, que amo tanto as palavras, tenho que ceder ao que dizem por aí: A palavra é prata, o silêncio é ouro.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Os poemas se divertem!

A célebre palavra de Deus começa dizendo que, no início, Ele criou os céus e a terra. Criou. Sempre me interessei muito pela arte, embora não seja amante dos palcos, a não ser o da minha própria vida, em que eu não enceno, mas vivo meus próprios pensamentos, conceitos, filosofias e emoções. Não entendo muito de pintura, nem sei distinguir muito bem os grandes artistas, mas sei ver e, vez por outra, consigo até sentir as cores vibrantes, os motivos diversos. Também gosto muito da música, e é quando penso nela que sou muito grata por ser brasileira. Nenhuma cultura européia pagaria o prazer de entender a essência da MPB ou a leveza da Bossa Nova, só para citar exemplinhos. Não assisti a muitos filmes, mas acho-os interessantes, por vezes. Mas aquilo que eu mais aprecio, e não há dúvidas quanto a isso, é a literatura. É incrível como gente feita da mesma matéria que nós possa escrever coisas tão esplendorosas. Quem nunca ficou estupefato com a engenhosidade de García Márquez ou com a mestria de Machado? Quem nunca entrou em um poema de Cecília ou de Pessoa e nunca mais quis sair? A literatura, já dizia o próprio Fernando Pessoa, como toda arte, é uma confissão de que a vida não basta. Contraditoriamente, é também o mais profundo mergulho que podemos dar na própria vida. E é na vida que eu quero terminar minhas palavrinhas. Tudo o que fazemos, escrevemos, lemos, encenamos é uma reprodução da vida, uma explicação da vida. E tudo isso só pode ser tão brilhante assim, porque um dia, como nós criamos arte o tempo todo, Deus criou o mundo e nos criou. Em Efésios, Paulo escreve que somos "feitura de Deus". Esta palavra "feitura" é a mesma palavra grega para "poema".
Nós somos o poema de Deus, e Ele nos dá, a cada dia, as ferramentas para tornar os nossos versos ainda mais belos. Às vezes é preciso ajustar a métrica ou a rima, outras é preciso ousar e fazer da nossa existência um audacioso poema modernista de versos brancos e livres.
Eu acho que a minha vida é mais para um poema modernista: tem hora que só faz sentido para o Autor e para o próprio poema. Mas, quer saber de um segredo? O Autor sempre sabe o que fará com o poema. E os poemas se divertem quando estão sendo construídos. Todos os poemas se divertem!
O milagre da criação de Deus acontece todos os dias.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Só um grãozinho

A bíblia está cheia de histórias comoventes. Desde a coragem de Davi à força de Maria, tudo me encanta. É curioso como costumamos associar uma lição a cada história, ignorando, muitas vezes, as mil faces de cada uma dessas sagas. Por exemplo, todo mundo fala da paciência de Jó, mas foram poucos os pastores que eu ouvi pregar sobre a sua fé. Jó sofreu muito, mas suportou tudo. Perdas inimagináveis, acompanhadas da paciência que lhe rendeu uma expressão idiomática bastante utilizada. Tenho certeza de que todo mundo já escutou: "Fulano tem paciência de Jó."
Pois bem, concordamos todos, eu, você e o mundo: Jó era paciente.
Entretanto, essa linda virtude - que, por sinal, anda muito em falta - é fruto de apenas duas letrinhas: fé. Jó, apesar do seu pungente sofrimento, confiava na soberania de Deus. Ele tinha uns amigos que ficavam, o tempo todo, tentando convencê-lo de que a razão de ter perdido tudo era o seu pecado, sendo Jó um homem íntegro e fiel a Deus. Em meio aos discursos fervorosos dos seus amigos, Jó disse o que eu encaro como uma das maiores declarações de fé: "Ainda que Ele me mate, nEle esperarei."
E eu sei que devia ser só como um grão de mostarda, a fé dele.
Quando achamos que estamos confiando, que entregamos tudo a Deus, olhamos para as nossas mãos e vemos que elas ainda estão cheias, logo, estamos querendo controlar tudo. Martin Luther King Jr tinha muita razão, naquele discurso: "Eu segurei muitas coisas nas minhas mãos e perdi tudo, mas aquilo que eu coloquei nas mãos de Deus eu ainda tenho."
Acredite, eu vejo todos os dias que Deus toma conta de tudo muito melhor do que nós. Vejo com a minha fé, menor que um grão de areia.
E por ela mesma, sei que um dia estaremos de acordo, eu, você e o mundo: Deus é sensacional!