quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Tal como eras,

"se somos infiéis, ele permanece fiel; porque não pode negar-se a si mesmo." (2 Tm 2:13)

Meu grande presente, minha grande surpresa e minha grande questão, o amor de Deus é aquilo que tenho de mais precioso. Por todas as batalhas e lutas da vida, houve quem me abandonasse, houve quem eu abandonasse, mas desde que entendi e aceitei a maravilhosa graça de Deus, nunca mais estive só. A bíblia nos aconselha a sermos firmes e constantes na palavra do Senhor, isto é, a procurar, todos os dias, entender a sua vontade para as nossas vidas. Eu acredito que quando o buscamos de coração inteiro, Ele fala conosco, porque através dos pensamentos inequívocos que desenvolvemos, a perfeição de sua voz se faz inconfundível.
Você certamente já viu em alguns carros aquele banner "Deus é fiel", mas talvez não entenda muito bem o que isso quer dizer. Quando estamos juntos de Deus e Ele fala conosco, através da sua palavra nós entendemos as suas promessas. A promessa da vida eterna, da sua companhia, de que Ele cuida de nós. Deus nunca falha no que promete, porque é contra a sua natureza. E às vezes eu, pedacinho de gente que sou, olhando para trás, vejo como Deus é fiel! Verdade seja dita, penso que essa é a única hora de olhar para trás: para agradecer a Deus, que é para mim como era para Davi, rocha, refúgio e fortaleza. Seu amor nunca mudou.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

What you sow, you reap.

Nem tudo o que colhemos, na vida, foi plantado por nós. Há aqueles como os nossos pais, que plantaram tantas coisas boas para nós colhermos, e há também as adversidades da vida, que somos forçados a colher, mesmo que não saibamos exatamente por quê. Se isto é verdade - que muito da vida é inesperado, vem de lugares que não conhecemos - também é cristalino que tudo o que plantamos há de vir à tona. Anitelli, do Teatro Mágico, canta assim: "tudo o que eu criar pra mim vai me abraçar de novo, na semana que vem." Quem planta traição, maldade, amargura e inveja só pode colher solidão e angústia. E isso não é castigo: é fruto. Quem planta amor, perdão, empatia e confiança colhe, necessariamente, amigos, que são as flores mais lindas do mundo. Não amigos podres, que murcham no inverno e secam no outono, mas amigos de verdade, que nos dão suporte em tudo, e que se tornam, quando precisamos ou não, nossos irmãos.
Contudo, longe de mim alimentar maniqueísmos, porque não acredito que há pessoas completamente boas nem completamente más. Sei que todos nós, por mais que nos esforcemos, cometemos erros, magoamos os outros, e não quero separar as pessoas em dois grupos distintos, mas tenho visto e ouvido coisas que me permitem afirmar o seguinte.
Nem tudo o que você colhe foi você quem plantou - é preciso sabedoria para conviver com isso. Mas tudo o que você plantar, em algum momento, colherá - e é preciso coragem para assumir as conseqüências.

domingo, 3 de outubro de 2010

Espelho de nós, verdade nossa.

A nossa polis é a dos Cunha Lima, dos Vital do Rêgo, do Bolsa-compra-voto, dos milhões de cargos comissionados. Nossos ícones são os Calheiros, os Collor, os Dirceu, os Sarney, Lula e seus fantoches. Nosso espanto - e também, ao que parece, nossa admiração - são as verbas desviadas, os mensalões e a falta de moralidade. Os votos de cabresto, tão celebrados por serem passado, são mais presente que o hoje. A democracia por que tanto lutaram os oprimidos na ditadura (muitos dos quais se transformaram nos piores bandidos de hoje) foi já representada por Clodovil e é agora por Tiririca (e Mulher Pêra?). Engraçado ou triste? Não sei. É a história da política brasileira: uma mistura de qualquer coisa e nada.
Que país é esse?