sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

teus caminhos

Nunca tive a disciplina de escrever um diário, aliás, nunca achei que descrever os acontecimentos de um dia minuciosamente me ajudaria a lembrar do que eu senti. Mas sempre escrevi pequenas frases, às vezes até rimas horrorosas - que eu não me esforço para aprender a rimar - que me fizessem reviver as sensações que tive. Funciona muito. Essa semana, revirei uns papéis da minha vida (se não arejarmos essas gavetas de vez em quando, vira tudo mofo, tudo endurece, nunca mais sai) e admirei-me de reações que tive. Como fui intolerante com coisas bobas e tão tolerante com outras mais sérias. Como é possível que em cinco ou seis anos, uma cabeça dê tantas voltas como deu a minha, sobretudo nestes últimos trezentos dias? Eu desenvolvi padrões mais sólidos sobre o que é certo e errado, mas só dentro da minha cabeça, a minha opinião. Quanto às outras pessoas, deixei de enxergá-las como o que eu esperava delas, e passei a vê-las como os seres humanos que são (how scary!): com defeitos, virtudes e cacos emendados, do jeito de todos nós. Sobretudo, procurei ver minhas próprias emendas. É difícil ver que o outro é o você que percorreu outro caminho. Se você tivesse vivido o papel dele na vida, que atitudes teria? Parou e pensou: ninguém é super-hero. Desejo a você força para manter as convicções e atitudes que entende dignas, porque nada melhor que deitar a cabeça no travesseiro e se sentir fiel a Deus, a si, aos amigos, mesmo que doa. Mas desejo-lhe também muita compreensão para quando as pessoas ao seu redor forem fracas, porque outro dia pode ser você (tudo bem, a gente deixa em segredo que você também erra). Que você as veja como gente, hoje, ou daqui a cinco anos, e que saiba perdoá-las, deixá-las ir. Quem não perdoa se tranca em uma cela, com a impressão verossimilhante de que está prendendo o outro, que, por sua vez, segue a vida. Faz sentido abrir a mente.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Just a thought:

life is as fast as this post.