segunda-feira, 27 de abril de 2009

Lula para Presidente... De Marte!

Depois de censurar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em uma crítica ao seu governo e dizer que o russo Putin ficou "putin" com o Brasil, naquele caso da Perdigão, Lula, o presidente de quem eu não me orgulho nem um pouco chamar de meu, disse que a crise mundial, que abalou todas as estruturas dos Estados Unidos, não afetaria o nosso país. De fato, não deve afetar o bolso dele e de quem vive da politicagem brasiliense.
Mas esses são fatos antigos. A mais nova do nosso exímio representante foi dizer, hoje mesmo, que não há perigo de a gripe suína do México afetar o Brasil. Essa eu não previa. Imagino eu, no meu limitadíssimo conhecimento de medidas de prevenção, quais as sugestões desse José Manoel (Zé Mané, para os brasileiros) para que não haja nenhum tipo de contaminação. Quem sabe parar com o fluxo migratório entre Brasil, México e sul dos Estados Unidos? Ou talvez todo mundo usar máscaras em Guarulhos? Examinar todos os vôos provenientes da América Latina?
A cada dia, me parece mais que esqueceram de dizer a Lula que os seus tempos de luta nos sindicatos com cartas datilografadas e dedos cortados em máquinas já se foi.
Ele, que enche a boca para dizer que não tem diploma, deveria, ao menos, ler um jornal para saber que um espirro em qualquer potência provoca uma verdadeira avalanche em qualquer outro país.
Mas, se não há nada a se fazer, esperemos pois que o nosso antídoto Lula funcione: falar, falar, falar sem saber.
E esperemos que o próximo tome e toque o Governo com a mão direita, porque de pseudo-socialistas estúpidos já tivemos o suficiente.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Abriremos as portas e sairemos às ruas. Todos, no mesmo dia, faremos greve. Pelos que morrem de fome, pela violência, pelo descaso. Gritaremos, para quem quiser ouvir, sobre as falhas das instituições públicas e a corrupção dos políticos. Falaremos da guerra e do racismo. Revoltar-nos-emos. Cantaremos as músicas de protesto, pintaremos os rostos, usaremos branco. Andaremos. Ou marcharemos. Cumpriremos nossa missão. Externaremos toda a insatisfação que há em nós.
Em outro dia, sairemos de novo. Protestaremos contra a falta de humanidade das pessoas. Gritaremos contra os que não sorriem nem riem, contra os que se escondem atrás de semblantes sombrios. Falaremos do desamor. Faremos greve pelos que morrem de tristeza, de depressão, pelos que não celebram o nascer e o pôr-do-sol. Revoltar-nos-emos. Cantaremos as músicas de amor, vestiremos as roupas mais coloridas que tivermos e soltaremos beijos ao vento. Correremos. Ou dançaremos.
E eu sonho quotidianamente que, de fato, nesse dia, cumpriremos também o nosso objetivo e poderemos externar todos a nossa essência repleta de festa.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Diário de Selva :)

No feriado de ontem, o ministério de esportes da minha igreja nos propôs uma espécie de day out. Fomos todos à granja de Lucas, confiantes na programação dos meninos. Pela manhã, eu tentei jogar vôlei e futebol (canelabol, se preferir). Conversamos muito e rimos - aquele ambiente agradabilíssimo do povo da igreja. Eu sinto, cada vez mais, que são a minha segunda família. Sinto-me a vontade para dividir a minha vida com eles - e são muito engraçados também, devo ressaltar.
Contudo, a melhor parte do dia foi, indubitavel e iquestionavelmente, a corrida orientada que fizemos. De uma maneira muito inteligente, o próprio organizador da brincadeira refletiu, ao fim, que sem a nossa bússola não teríamos chegado a lugar algum. O nosso grupo se perdeu, tomamaos a bifurcação errada da trilha (a que não tinha muita lama), e retornamos para o lugar certo, de modo a tomar o caminho certo. Na hora, foi o nosso reflexo automático: era o mais sensato a se fazer.
Entetanto, nas nossas vidas, muitas vezes relutamos em continuar no caminho errado, só que quanto mais se anda, mais longe se fica do plano original. É mister, portanto, adquirir a naturalidade de voltar. Burrice é continuar na trilha errada. Mesmo sendo mais difícil e às vezes com muita lama, o caminho certo é o único que pode nos dar complitude e satisfação.
Andar no plano perfeito de Deus para as nossas vidas pode, por vezes, parecer espinhoso ou difícil, mas é o melhor. E há sempre alguém em quem se segurar. Há sempre amigos, irmãos.
Em face às bifurcações, o Pastor Kerly lembrou, muito sabiamente: "Seja a Paz de Cristo o árbitro em vosso coração."
~

"É preciso paz, pra poder sorrir."
(Oswaldo)

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Canta!

A menina cantava sozinha. A felicidade era muito amiga dela, vinha todos os dias, batia à sua porta e lhe punha na boca as músicas e as gargalhadas, que eu podia ouvir de muito longe. Eu conversava com ela, de vez em quando, mas não era como se ela olhasse nos meus olhos. Na verdade, os seus olhos estavam abertos para as pessoas, como túneis, que ninguém sabia onde iam dar. Ela, sem saber - tinha tão pouca cultura, que nem o livro das Miss Universo lera - citava Exupéry, dizendo que os olhos são cegos e, também inconscientemente, ela própria parecia enxergar com o coração.
Sua voz não era das mais belas. Aliás, era feia, para ser sincera. Mas quem a ouvisse queria ouvi-la para sempre, porque a sua simples presença irradiava alegria. Ela era feliz, e eu procurava de onde vinha tudo isso, até que ela, um dia, respondendo à pergunta que eu não sabia como fazer, disse, ignorando Tolstói, dessa vez: 'Se você quer ser feliz, seja!'
Ela sabia que era feliz, e quem o sabe, pode-se dizer, o é verdadeiramente. A prova, sem dúvida a mais indelével, é que ela cantava só por cantar.

~

"Ah, canta, canta sem razão!"
(Pessoa)

terça-feira, 14 de abril de 2009

My Pages

Agostinho disse que a vida é um grande livro, e aquele que nunca sai de casa lê apenas uma página. De fato, não apenas pelos vários lugares que conhecemos, mas também pelas histórias que vivemos, eu concordaria com o célebre teólogo.Todos nós temos tantas histórias pra contar! Há páginas das nossas vidas que devem ser viradas logo, sem pensar muito, sem muito remorso, porque não nos faz bem lê-las de novo. Há outras que são muito insignificantes. Há as mágicas, em que os nossos sonhos se realizaram, ou em que nos sentimos em um conto de fadas. Há as profundas, a que constantemente retornamos, tentando compreender as entrelinhas das coisas bonitas que vimos e das rosas tão vermelhas. E há aquelas em que queremos ficar para sempre. Nessas nos demoramos mais um pouco, vivendo toda a sua beleza; suas histórias prometem continuar por mais capítulos e, quem sabe, até o happily ever after.
Aquele que nunca ama também lê apenas uma página, e muito mal lida.
A vida é uma obra cujas páginas valem ser lidas todas: é bela, pelo menos. E cômica.

domingo, 12 de abril de 2009

Bem Pertinho

No Antigo Testamento, as pessoas, quando pecavam, sacrificavam cordeiros sem mácula para se purificarem. O livro de Hebreus explica que, sem derramamento de sangue, não há remissão de pecados. Alguém tinha que morrer pelos pecados das pessoas.

Além disso, o Santo dos Santos era um lugar exclusivo para o Sumo Sacerdote (sem falar nas divisões do templo entre judeus e gentios), dividido do resto do templo por um véu, e o Sumo Sacerdote entrava com uma cordinha e um sino amarrados na perna, porque se tivesse algum pecado, morreria, já que o Santo dos Santos era a presença de Deus; e se morresse, tinha que ser puxado - ninguém mais podia adentrar no lugar santíssimo.

O nosso lindo Deus, em seu infinito amor, mandou o Seu filhote para ser o nosso cordeiro. O sangue de que precisamos já foi derramado, do cordeiro mais puro que já existiu. E quando a Sua morte foi consumada, a Bíblia diz, o véu do templo se rasgou, de alto a baixo.

Páscoa é lembrar-se da maravilha que é ter o Santo dos Santos dentro do nosso próprio coração, porque alguém nos amou muito. É ter a liberdade de estar na presença de Deus e adorá-lo sem o intermédio de ninguém.

Mais do que tudo, é saber que Jesus ressuscitou e vive, bem pertinho da gente. Dentro da gente.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

I, mature, accept you, mature.

Para os man's men ou tomboy girls que me lêem, eu gentilmente sugiro que pulem este post, que se trata, basicamente, de assuntos femininíssimos. Os mais femininos possíveis.
Primeiro, eu gostaria de esclarecer a minha própria posição a respeito dessa tão polêmica e, muitas vezes mal vista, feminilidade. Quero deixar bem claro que não me refiro às girly girls que só usam cor-de-rosa (embora eu as ache até engraçadinhas, devo admitir). Aliás, nem sei quem teve essa idéia estúpida de atrelar feminilidade às atitudes pueris de certas mulheres. De qualquer forma, quando eu usar o adjetivo 'feminino', é porque me refiro às qualidades de bravura das mulheres. Não uma bravura máscula, mas a nossa própria, sabe? Quase sempre acompanhada de lip gloss ou esmalte. Não somos Yetis.
Mas, voltando aos meus assuntos femininos, quero falar sobre esposas. Sei que hoje em dia muita gente não quer mais se casar, porque 'o casamento é só um contrato' e tudo mais. Bom, a esses convictos, peço que me desculpem a bobagem das considerações que estou prestes a fazer, mesmo que elas me pareçam as mais razoáveis.
A própria palavra de Deus exalta o papel das esposas, dizendo, por exemplo, que 'quem acha uma boa esposa acha um tesouro' ou 'seu valor excede o de finas jóias'. E se o próprio Deus o diz, eu só tenho que concordar. E acrescento que admiro as mulheres que se casam e, pra completar, têm filhos. É muito amor e muito muito amor.
Ter o nível de amor aos outros tão alto quanto o de amor-próprio sem deixar que este se esvaia é o maior desafio de todos. Consegui-lo, sim, é ser feminina. E será que só vem com a idade?!
Ah, Shakespeare estava muito errado. Ele devia MESMO ter dito: 'Força, teu nome é mulher'.
Mas ele nunca teve uma.
Muito masculino?
Não, eu não o diria.