sábado, 6 de dezembro de 2008

Caro Vestibular,

Sílvia nos entregou uma apostila em que uma moça escreveu uma carta para o vestibular. Gostei muito da idéia e resolvi escrever a minha própria.

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Caro Vestibular,
Eu também só estou chamando você de "caro" por educação, visto que não tenho o mínimo afeto pela sua pessoa. Primeiramente, você quase sempre consegue perturbar a minha calma, me trazendo aquelas notícias de quantos super-dotados vão fazer Direito pela manhã na UFPB e de como a prova de Física do terceiro ano vai ser a mais difícil de todas. Por falar em física, este é um excelente motivo para que eu não goste nem um pouco de você. Pelo amor de Deus, quando eu estiver acusando alguém em um tribunal, para que diabos quererei saber qualquer coisa sobre indução eletromagnética?
Tudo bem que eu só perdi uma noite de sono no ano todo, estudando História, mas mesmo assim, EU PERDI UMA NOITE DE SONO. Além disso, eu praticamente preciso morar no colégio, já que tem aula 24-7. E aqueles pobres que vão fazer Medicina? Você não tem pena deles?
Eu poderia contar nos meus dez dedos as vezes em que saí de casa sem peso na consciência, este ano, e tudo por causa de quem? VOCÊ.
A menina da carta de Sívia já não te pediu? "Be nice, dude". Mas não, você tem que ser um chato mesmo, né? Sabe qual é o resultado disso tudo? Ninguém gosta de você. Daqui a pouco, todo mundo só vai querer fazer faculdade particular, e sabe de quem é a culpa? SUA.
Tá bom que eu me divirto um bocado com aquele povo desesperado nas aulas, vai. O desespero faz as pessoas ficarem engraçadas. Até Alinny, que fica em todos os primeiros lugares, fica desesperada. Você acha isso engraçado, né? Eu também. Deve ser porque eu tenho certeza que ela vai passar.
Sabe o que eu tenho vontade de fazer com você? Chutar seu balde, até quebrá-lo em três pedaços, mas eu dependo de você (oops).
Então, Vestibular, como eu ia dizendo, você é um amor de pessoa. Talvez eu inteire até a sua bebida.
Chutes e beijos,
Maria Helena