quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Tenho medo. Confesso. Pronto. Medo de ir deixando a vida escapulir por entre minhas mãos,enquanto vejo o tempo passar, mas tenho-o também de viver tanto a ponto de não poder parare ver o vento correr. Tenho medo de prender-me a alguém com a mesma intensidade que tenho de ser livre. Tenho medo inclusive do próprio medo, que me assusta, todavia também temo nada temer, porque em sendo brava demais negaria minha essência. Talvez a beleza da existência seja justamente esses medinhos, talvez nossos temores nos impulsionem a querer algo mais, e eles são mesmo feitos para que os enfrentemos, que é a melhor parte da nossa natureza. Talvez só possamos apreciar a liberdade se antes tivermos sido aprisionados. Ou não. Talvez eu só esteja com medo.

[oct/23/07]