terça-feira, 24 de março de 2009

Nos dedos das mãos

Amigo vale tudo. Tudo mesmo. Vale irmão, namorado, carro ou um milhão. Tem amigo desajeitado, que não sabe direito dizer 'eu te amo', mas consegue lhe dar um carão dizendo: 'o problema é que eu sempre vou estar do seu lado'. Tem amigo complicado, que sempre dá um abraço e fica de boa. Tem amigo de sempre, aquele que sempre foi, sempre é e sempre vai ser, não tem jeito. Tem amigo de rir muito, que também é o amigo que suporta o choro. Tem amigo de quem a gente tem saudade e só sente quando vê. Tem amigo que nunca muda, mesmo depois de dez anos. Tem amigos que vêm em pacote completo, é preciso tê-los juntos. Tem amigo que mata a gente de rir, mesmo quando a gente não está pra ninguém. Tem amigo que era de escola e vira pra vida toda.
E amigo é sempre amigo, sabe? Se você fizer a maior burrada do Brasil ou conseguir o que você sempre quis, eles sempre estão lá, não importa. Amizade é um tipo de casamento enquanto você não casa. "Na saúde e na doença, até que a morte nos separe." Só que amigo, eu tenho essa impressão, nem morte separa.
Amigos mesmo, daqueles que basta os dedos das mãos pra contá-los.

"O homem que tem muitos amigos os tem para a sua ruína, mas há amigo mais chegado que um irmão."
(Salomão, nos Provérbios)