quinta-feira, 13 de março de 2008

Já vi flores crescendo em canhões e um principezinho mais sábio que dois terços da humanidade. Já desvendei conflitos psicológicos com Dostoiévski, e maravilhei-me com os melhores comentários sobre os homens, por Machado de Assis. Já viajei para o outro lado do mundo, com uns caras que chamam seus pais de "baba" e lutam para ser bravos. Já chorei com a história de uma comunista admirável e com a estória de muitos Josés Arcadios. Já aplaudi Shakespeare ao fim de suas peças e Erasmo no melhor Elogio já escrito. Tenho perguntas a fazer para o conde de Monte Cristo e Colomba, jamais os compreendi. Surpreendi-me, supreendo-me e sempre supreender-me-ei com um lugar que posso visitar sempre, e onde sempre há algo mais a destrinchar: Nárnia. Meg Cabot, Veríssimo e Marian Keyes me fazem dar boas gargalhadas, quando as coisas estão de cabeça para baixo. Já vi um menino vencer um gigante, uma mulher ficar grávida com quase 100 anos e até um homem com 24 dedos, acredite você ou não. Ri muito com um Sherlock Holmes meio "fake" que veio ao Brasil, Jô Soares que conta. Nunca consegui saber o fim da menina que lia aquelas cartas de filosofia, espero que esteja bem; mas soube de um baralho vivo com um curinga, que eu quero ser. Gostei muito de uns bichos que se revoltaram, mostrando, enfim, um pouco de nós. Cecília faz os versos da minha vida, e me inspiro na criatividade de Fernando Pessoa e seu Chevalier de Pas. Nunca precisei de terapeutas, mas o melhor divã do mundo, desconfio que seja o de Lispector. Se meu dia tivesse 48 horas, já teria rodado o mundo inteiro. Aliás, os mundos.