"Love is life. All, everything that I understand, I understand only because I love. Everything is, everything exists, only because I love. Everything is united by it alone. Love is God, and to die means that I, a particle of love, shall return to the general and eternal source." (Tolstoi)
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Teto de vidro
quinta-feira, 22 de julho de 2010
I thank You God for most this amazing
day:for the leaping greenly spirits of trees
and a blue true dream of sky;and for everything
wich is natural which is infinite which is yes
(i who have died am alive again today,
and this is the sun's birthday;this is the birth
day of life and love and wings:and of the gay
great happening illimitably earth)
how should tasting touching hearing seeing
breathing any-lifted from the no
of all nothing-human merely being
doubt unimaginable You?
(now the ears of my ears awake and
now the eyes of my eyes are opened)
E.E. Cummings
terça-feira, 20 de julho de 2010
Por que(m) mudei
Sou, first and foremost, uma pessoa, o que significa que sou um enlinhado enorme de sentimentos, emoções, riso, tristeza, drama e conflitos como o é toda pessoa. Dos meus maiores questionamentos surgiu a minha maior certeza, que é a de que pelo Ágape tenho vida. Costumava pensar em Deus como alguém que eu encontrava em determinado lugar, naquela hora do meu dia. Jesus era aquela figura triste, pendurada na cruz, que havia sofrido tanto – e talvez por isso eu o amasse. E sentia muita culpa, por tudo. As repetições de orações, como se os meus joelhos machucados fizessem alguma coisa por mim no mundo espiritual, me fazem pensar até hoje. A primeira frase completa que eu escrevi sozinha foi “A Cristo por Maria”, lema da escola onde eu estudava, e desde sempre eu pensei (porque me ensinaram) que para falar com Deus, eu precisava, primeiro, falar com Maria cuja figura maternal sempre me despertou muita simpatia, de modo que Deus, o Pai, sempre foi uma figura muito distante (temida, mas distante) para mim.
Todos sabem da história do véu do templo que se rasgou com a morte de Jesus para que pudéssemos ter livre acesso a Deus. E eu digo sempre que na minha vida também o véu se rasgou, e eu pude estar com o Senhor.
E me perguntam: quando aconteceu?
Respondo simplesmente: quando li. Assim como tantas outras idéias da minha vida que foram quebradas pela leitura e pela minha vontade (que é grande, mas tão difícil de realizar completamente) de entender o mundo, essa foi destruída pela leitura da Bíblia que, acredito eu, é a palavra de Deus.
Pois bem, li. Gênesis foi clean, tudo igual ao que eu pensava antes. Quando cheguei à passagem de Êxodo sobre os dez mandamentos (cap.20) e, deparei-me com o seguinte: “Não farás para ti nenhum ídolo, nenhuma imagem de qualquer coisa no céu, na terra, ou nas águas debaixo da terra. Não te prostrarás diante deles nem lhes prestarás culto.” Esse, para a minha surpresa maior, é o segundo mandamento dado a Moisés, o qual nunca me havia sido ensinado, porque fazem um enxerto de mandamentos para pulá-lo – incrível. Esse foi o pontapé inicial para a multiplicação das minhas perguntas. Depois vieram tantas outras coisas, como o fato de não existir batismo de crianças na Bíblia (o próprio Jesus foi batizado aos 30), os anjos da guarda, as orações repetidas que Jesus condena, como diz Mateus em seu evangelho, e tanto mais. Penso que a certeza da decisão que tomei veio quando li a carta de Paulo a Timóteo, em que diz: “Pois há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus, o qual se entregou a si mesmo como resgate por todos.” Ora, é o que dizia, puramente, a minha Bíblia católica.
Foi muito difícil. Primeiro, porque “ser crente” era o que eu menos queria, e minha mãe sofreu grandes impropérios meus porque eu não aceitava que ela fosse também. Segundo, porque é muito harsh enfrentar tradição, correr contra o fluxo e stand up pelo que pensamos ser correto – bem sei. Mas também não é possível, vendo algo verdadeiro, negá-lo em nome de qualquer outra coisa. Não é possível, sentido tão verdadeiramente a presença de Deus, deixá-la por nada.
Eu não acredito em falar com pessoas que já morreram, porque Hebreus diz que depois da morte vem o juízo final, logo, os santos, embora santos, não podem ser comunicados. Estão, certamente, desfrutando da glória de Deus, mas diferentemente dEle, não são oniscientes nem onipresentes. Aí Maria, que é, para mim, o exemplo máximo de obediência a Deus e de santidade, não merecer orações. Sei também que existem tantos outros santos que não os canonizados que viveram uma vida digna e consagrada so Senhor. Eu não acredito que se deva batizar bebês, porque na Bíblia o batismo é a marca do novo nascimento, da criatura que crê renovada, por isso, nenhum dos meus filhos será batizado até ter idade para discernir e decidir. Eu não mais acredito
Detesto radicalismo. Quando entro em alguma igreja e vejo pessoas falando mal de Maria ou fazendo simpatias no nome de Deus, meu estômago embrulha. Quando vejo as novas doutrinas, o sincretismo perigosíssimo das igrejas neopentecostais, viro as costas. Eu acredito, hoje, que uma vida com Deus traz paz, vida e, acima de tudo, liberdade. E acredito que Deus é coerente com a sua palavra. Dessas certezas, eu não abro mão por nada.
"Assim, não é como uma criança que eu creio em Jesus Cristo e o confesso. Meus hosanas nasceram de uma fornalha de dúvidas."
(Dostoiévski, comentando seu antigo ateísmo)
domingo, 18 de julho de 2010
Mon Amour, Ma Vie.
"Uma coisa peço ao Senhor e a buscarei com todo o meu amor: que eu venha estar em Sua presença todos os dias da minha vida."
(Não Temerei - Bola de Neve Church) ;P
domingo, 11 de julho de 2010
Do lado de dentro
Tenho certeza, mais que tudo, que nada disso é amor, porque o pressuposto do amor é o amor - nada mais.
terça-feira, 6 de julho de 2010
Mergulhe
Quanto mais velhos ficamos, mais difícil soltar a bóia, porque ela é confortável, segura, alienada e, principalmente, porque a maioria dos seres humanos está atracada a uma. Bóia é a convicção que não pode ser discutida, a postura que não pode ser mudada, o julgamento cego do outro, a intolerância com o diferente, a ignorância do mundo, o medo do conhecimento. Mas é preciso deixá-la, mesmo que a primeira atitude assuste ou machuque. É preciso abandonar o que nos escraviza em qualquer circunstância, em qualquer idade, a qualquer tempo, porque o momento em que somos é este. Depois, seremos ou não. As pessoas são prisioneiras da sua própria segurança e nem imaginam que isso é muito mais perigoso.
A vida, tão linda e tão complexa, nos convida a opiniões mais refletidas, ao encontro das verdades (sim, porque existem verdades e absolutas, creio eu. Do contrário, seríamos nada sobre nada), às mudanças, enfim, a mergulhos mais profundos.
Liberte-se do que o prende, ou melhor, permita-se ser libertado.
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Sobre princesas e príncipes
Once upon a time, havia uma princesa muito bonita e muito inteligente, que procurava um príncipe com quem pudesse viver e ser feliz. Todos que a conheciam gostavam muito dela, porque a sua educação e a sua simpatia eram as mesmas, tanto para os servos quanto para os reis. A princesa queria ser médica, para poder ajudar as pessoas. O pai dela, o Rei, era muito poderoso, e todos os dias, antes de dormir, ela lhe pedia: "Papai, me mostre o meu par." Mas ele, em sua imensa sabedoria, esperava.
Havia, em um reino não muito distante, um rapaz bom, honesto e querido, que, vendo a princesa pela primeira vez, apaixonou-se para sempre. Não se passou mais um dia de sua vida sem que ele pensasse nela e nos seus olhos tão profundos. Foi tanto assim, que ele foi atrás dela, até que conseguiu vê-la, e começaram a namorar, mas só disseram ao Rei depois. Ele ficou um pouco triste, porque achava que era cedo, mas aceitou-os e os abençoou muito. A princesa e o menino foram muito contentes enquanto estiveram juntos, mas (e aqui lembro Machado, em Quincas Borba, penso, quando diz sobre um certo casal que se não estavam verdes para o amor, estavam verdes para o seu amor) o tempo mostrou que não sabiam lidar muito bem com as tendências diferentes que tinham e que precisavam mudar algo.
Ambos desacreditaram daquele amor. Pensavam que havia sido um sonho bom, uma valsa cujas repetições de três tempos viraram uma grande pausa. E na pausa vieram novos amores, para os dois, que foram bons também. Fizeram-nos crescer, e lhes deram certa alegria, mas, acima de tudo, lhes deram a certeza de que só seriam felizes um com o outro.
Depois de muito tempo sem se ver e sem se falar, a princesa e o príncipe ficaram um pouco distantes, mas ele, mais que ela, sabia que estariam juntos de novo. Às vezes desanimava um pouco, mas sempre soube que era ela, apenas ela.
Algo dizia a ele, sempre, que os olhares, as risadas, os abraços, as palhaçadas, a companhia, tudo dela era o melhor que podia ter, porque lhe tornava melhor. E como li em uma parede por aí, o amor só é lindo quando nos transforma no melhor que podemos ser. Era assim, a 'bela Lunna' para ele - disse-me tantas e tantas vezes. E eu concordei tantas e tantas outras.
Esperaram muito para ficar juntos de novo. As circunstâncias da vida os foram ora aproximando ora os afastando de vez. Mas reencontraram-se, como sempre se reencontram as peças que devem estar juntas em um quebra-cabeça. Só que dessa vez, quem os pôs juntos foi o Rei (e Ele apenas), ainda que talvez de maneira surpreendente. E quando Ele junta, nada separa.
Eu soube, desde maio de 2008, quando os vi em uma linda paisagem, sobrepondo a lua cheia na praia do Cabo Branco, apenas olhando um para o outro (guardo essa foto até hoje). Eu soube que seriam eles dois, o maior meant to be que eu já vi, para sempre e sempre. Eu vi um filme na vida real.
Que Deus os abençoe, queridos. Alegra-me muito o recomeço.