"Love is life. All, everything that I understand, I understand only because I love. Everything is, everything exists, only because I love. Everything is united by it alone. Love is God, and to die means that I, a particle of love, shall return to the general and eternal source." (Tolstoi)
sábado, 10 de maio de 2008
Dia das Mães
As mães, coitadas, perderam tantas noites de sono, trocaram fraldas, insistiram para que comêssemos, compraram roupas, vibraram nas nossas festinhas, se desesperaram quando caímos. E no ABC? Choraram como crianças. A minha até de palhaço já se vestiu por mim (e eu nunca me esqueci)! Naquelas contas de divisão que pareciam tão difíceis, procuraram manter a paciência e nos ensinar. Também quiseram corrigir tudo nas nossas vidas, até as vírgulas. Com o tempo, percebem que cada um tem que aprender a pontuar sua existência, e viram fãs da nossa fluência ortográfica em viver (mas controlam sempre o corretivo - e precisamos mesmo, por vezes). A farda do colégio, de bermuda, virou calça, aí elas percebem que estamos crescendo. Nos meninos, nasce um bigode ralo; as meninas compram fichários, mas elas insistem em nos chamar "bebês", porque sempre seremos seus filhotinhos, não importa a idade. Como quem vai aprender a andar de patins, elas seguram a nossa mão tão forte no começo, depois vão afrouxando e ficam gritando para nos dar coragem; de todo jeito, nos seguram a cada queda. Dizem que, depois que se tem filhos, nunca mais se tem uma noite tranquila de sono. Agradeço à minha mainha por abrir mão de suas tranquilas noites de sono, para que eu pudesse ter uma vida tão descansada assim.