segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Met(amor)fose

- Dize-me, que é ser feliz? É ter uma verdade absoluta em que acreditar ou não acreditar em nada? É ter um amor ou viver só? Dize-me, pois vivo, vivo, mas continuo vagando nas nuances da felicidade, que, para mim, é muitas coisas e, ao mesmo tempo, nada. Dize-me, imploro, tu que és tão velho e já viveste tão mais! Dize-me se encontrarei um sentido estável e perpétuo, algo que eu possa escrever em pedra, para a querida alegria, que hoje tenho, mas amanhã, não sei. Amanhã ela já se transforma em outra coisa. Dize-me!
- Sabes que a vida é mudança, met(amor)fose. Acompanha a mudança e sê feliz. Ao contrário do que te ensinaram, ou aprendeste só, mudar é bom. O teu riso mostra que sempre soubeste o sentido mutável, é o que importa.
- O sentido mutável?
- Não há sentido perpétuo para a felicidade, porque não há estabilidade em nós. Estamos todos under construction, até eu.
- Até tu?
- Até todos.