domingo, 31 de maio de 2009

Saltos Imortais

Hoje pela manhã fomos todos à piscina. Brincamos um bocado, e durante as palhaçadas, papai propôs que Itamarzinho subisse no seu ombro, não sentado, mas em pé, para pular. Itamarzinho, afoito que só ele, o fez várias vezes. Depois, papai olhou para mim e disse: sua vez. Morri de rir. Como é que ele esperava que eu, deste tamanho, ficasse em pé no ombro dele para pular? Ele insistiu e eu vi que falava sério. Pois bem, tentei. Quando eu subi, não fiquei em pé. Tive medo. E ele me dizia que estava me segurando, mas o meu medo falou mais alto e travou-me. Enfim, continuamos brincando e, quando eu fui ensinar Itamarzinho a dar a virada de crawl, bati o queixo no azulejo e me cortei (aí percebi que desaprendi a tal virada).
Cortei-me onde eu encontrava segurança, enquanto neguei me aventurar com o que papai dizia ser tão certo.
E não pude evitar o paralelo com Deus. Quantas e quantas vezes Ele nos convida a pulos altos, a vôos mirabolantes, que jamais nos machucariam, e nós preferimos ficar na nossa zona de segurança aparente, onde sempre acabamos nos machucando. Deus tem planos perfeitos e altos para nós, e o cumprimento deles exige que nós subamos em Seus ombros e fiquemos de pé, confiando nas Suas mãos que nos sustentam e impulsionam para pulos inesquecíveis.
Eu me recuso a me cortar nas piscinas da vida. Quero, antes, os saltos imortais do Senhor.


[Obrigada, Papai do Céu!]