sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Beyond the eye

Todo atleta tem que superar obstáculos, todo bom aluno tenta alçar novos limites, todo mundo passa por testes. E quando sucedemos, não há nada que pague a sensação de vitória. Quando, porém, falhamos, lágrimas rolam, se não nos olhos, jorram de nossos corações (tal qual o viúvo de Garcia Márquez). É muito bom que exista alguém capaz de nos mostrar os erros, mas também de nos incentivar a reerguer-nos. Esta é a parte mais árdua. É quando a gente monta num pau-de-arara e xinga a terra, que a gente mais precisa de quem nos mostre o tanto de sustento que a mesma alma nos deu. Os fracassos ofuscam as nossas qualidades, de tal maneira que é impossível ao nosso surrado coração ver que somos algo além dos nossos erros. E há quem ainda complete a humilhação, nos fazendo sentir menos que o pó que somos, há quem não tente nos mostrar que temos valor. Além dos erros, além dos fracassos, mais além, além dos olhos, escondemos verdadeiros tesouros. São eles que, muitas vezes, conseguem nos fazer elogiar a terra pisoteada pelos outros. Quando não tem ninguém que faça este serviço, nós mesmos temos que arranjar força pra abrir os baús e, enfim, encontrar-nos.


Minha terra, além dos olhos, é preciosa. E eu sei disso muito bem.