domingo, 13 de julho de 2008

santos que se abraçam

No meio dessas frases feitas que se dizem por aí, tem a de que "o meu santo não bateu com o de alguém". Embora não tenhamos santos particulares, é certo que todo mundo já teve essa sensação. E sei lá de onde vem, mas geralmente funciona. Tem gente que, quando a gente conhece, dá vontade de abraçar e levar pra casa pra ter pra sempre. Há outras pessoas, entretanto, que carregam a falsidade e a inveja no olhar, e logo antipatizamos. É dessas "batidas de santo" que nasce a cumplicidade entre as pessoas. É porque um dia, nessa estrada engraçada que é a vida, você acha empatia em alguém que surge amizade e afeto e confiança. Quem confia é porque já abraçou a alma do outro, seja para simplesmente sentir ou deixar-se ser segurado nos braços. E quem quebra a confiança de alguém deveria ser preso. Muito muito muito preso, porque confiança deve crescer unidirecionalmente: só sendo construída. É, ainda, quando as pessoas se gostam à primeira vista, que "reconhecem os amigos", como diz Vinícius de Morais (e eu acredito que os reconhecemos, acredito sim). Meu santo tem batido com o de muita gente, nesses últimos dias. Ou melhor, tem se abraçado.
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A vida é mesmo, apesar de todos os poréns, surpreendente.