quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Sobre Lucy Alves

Não me lembro de a temporada passada da versão brasileira do The Voice ter sido tão comentada aqui na terrinha. Mas, nesta, quando soubemos que Lucy, do Clã Brasil, cantaria, parece que todos nós reunimos um pouco de força para vê-la cantar, o que foi, na verdade, ver a nós mesmos: nossa vida nordestina, tão colorida, tão bonita, tão forte. Ela não venceu o programa hoje, talvez porque o Brasil é grande e, como o mundo todo, é um pouco americanizado. Mas, Lucy, no meu coração, ganhou todas as vezes! Ela cantou a música com a qual eu, aqui no teatro de arena, percebi os braços da paz do amor da minha vida. Lembrou a boiada seca dos nossos, que convivem com o drama de querer aquela chuvinha que parecia sair da sua voz, e nela encontraram também representação (e teve chuva, nosso sertão, neste fim de ano). Ela disse, com todo orgulho, com toda força: "eu venho lá do sertão e posso não lhe agradar", agradando muito. Hoje, ela levou seu painho e sua mainha (que coisa bonita!), emocionou a todos e foi a estrela mais linda.
Lucy, eu desejo, aqui deste canto desconhecido, que ninguém possa dizer que lhe viu triste a chorar, porque você também vai explodir nas trincheiras da alegria. Parabéns, Lucy. Obrigada por levar a voz deste povo feliz e forte, que é o nordestino, para todos os cantos deste Brasil, e por honrar seus pais de um jeito tocante assim. Leve-os com você sempre. Que Deus abençoe seus passos e seja glorificado por seu talento e por sua voz, que são presentes dEle. Eu, aqui, estou em sua torcida.