Luís Roberto Barroso, um desses caras que a gente deve ler no Direito, escreve também prosa bonita e, falando do amor, diz o seguinte, com o que concordo sem adições:
Creio no amor apaixonado e cúmplice, que supera a paixão narcísica de cada um. O amor sublime, que não exige o rebaixamento do erotismo e nem o conformismo imposto - e não eleito espontaneamente - a certos deveres sociais e legais. Ainda nas palavras de Maria Rita Kehl: 'o amor sublime é o amor de escolha e, portanto, amor de liberdade. É união com base em afinidades eletivas e, portanto, uma aliança a favor, e não contra, o vôo de cada um pela vida.'
[E continua Barroso]: Quem ama, encontrou e se encontrou.
Quem me lê pode rir também da autoridade com que eu pretendo falar do assunto, eu que gostei muito, mas não sei ao certo o que seja o amor.[E continua Barroso]: Quem ama, encontrou e se encontrou.
Parece-me que é preciso rotular menos, viver mais, ser transparente, para que, diferente do da cantiga, não seja vidro e nem se quebre o que pode ser amor.